Zak Brown defende uma mudança significativa na forma como as decisões são tomadas na Fórmula 1, como parte do novo Acordo da Concórdia.
Brown defende que seja alterado o direito de voto das equipas de Fórmula 1, uma medida que alteraria o atual processo de tomada de decisões no mundial, passando a FIA e a Formula One Management (FOM) a ter mais peso nas decisões.
Atualmente, as principais alterações às regras na Fórmula 1, como a proposta de atribuir pontos até ao 12.º lugar, são submetidas a votação pela Comissão da F1, que inclui representantes das 10 equipas, da Fórmula 1 e da FIA. Se uma proposta for aprovada pela Comissão, é então enviada para o Conselho Mundial do Desporto Automóvel da FIA para ratificação formal.
No entanto, Brown defende um sistema onde a F1 e a FIA têm a autoridade exclusiva para tomar tais decisões, retirando efetivamente às equipas o seu poder de voto. O seu raciocínio decorre provavelmente do desejo de simplificar os processos de tomada de decisões e reduzir o potencial de votação por interesse próprio das equipas, que por vezes pode impedir ou atrasar alterações importantes.
Na Comissão da F1, presidida alternadamente pelo representante da FIA e da FOM, cada membro das equipas tem direito a um voto, enquanto a FIA e FOM dispõem cada uma de um número de votos igual ao número de equipas que participam no campeonato.
“Gostaria de ver as equipas com menos autoridade, mas ainda com a mesma voz, através da votação”, disse o diretor-executivo da McLaren. “Gostaria de alterar os votos por maioria e chegar a uma simples 50% [para aprovação], pois algo poderia ser aprovado porque todos nós estamos em conflito de alguma forma em algum momento e o limiar para as equipas serem capazes de se unir e bloquear algo está lá.”
Uma vez que Brown considera que as equipas podem bloquear propostas uma das outras por uma questão política e não pelo impacto que pode ter na competição, o responsável da McLaren defende que “temos de devolver mais poder à Fórmula 1 e à FIA para fazerem o que pensam ser correto para a disciplina. Por vezes, somos o nosso pior problema. Nem todos concordam, porque querem conseguir influenciar os resultados e, por vezes, pode ser bastante embaraçoso nas reuniões dos diretores de equipa.”
Se for bem sucedida, a proposta de Brown marcará uma mudança substancial na governação da Fórmula 1, concentrando mais poder nas mãos dos órgãos diretivos da disciplina e conduzindo potencialmente a um processo regulamentar mais centralizado e eficiente.
Philippe NANCHINO/MPSA FIA FORMULA ONE AUSTIN GRAND PRIX(USA) 10/
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Publish date : 2024-08-13 10:40:48
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